quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Professor João


É transversal às democracias modernas, ou se quiserem, ao jogo democrático, a existência de pseudo-independentes que, escudados numa capa de competência técnica, vão servindo como linha da frente no combate de ideias e na defesa dos ideais de quem está no poder.


Uma das personagens mais na moda nesta função é o professor João Duque. Sim…esse mesmo…o ser iluminado que defende que o Paulo Portas deveria ser director de informação da RTP-i.


Não…não vou bater mais no ceguinho, não é a RTP que me levou a este post.


Este post deve-se ao enternecedor artigo de opinião que saiu este fim de semana no Expresso – O lenço e o joelho…assim se chamava o artigo e podem ler em http://aeiou.expresso.pt/joao-duque=s24937


A imagem metafórica da carinhosa mãe, que não querendo causar dor, acaba por provocar mais sofrimento, por contraponto ao pai, que sem dó nem piedade arranca o lenço do joelho , pode de facto arrancar alguns sorrisos paternalistas aos leitores da publicação…mas só aqueles que não sentem a “ferida” na pele. Quem no dia a dia é testemunha do drama vivido por particulares e empresas, muitos dos quais com culpa zero no estado caótico em que nos encontramos, fica com muito pouca vontade de rir.


Talvez alguém devesse explicar ao Professor João que se encharcasse a ferida e o lenço em Betadine (passo a publicidade), a crosta amolecia e o lenço soltava sem dor. Talvez alguém devesse explicar ao Professor João que entre o Preto e o Branco existe uma infinidade cromática que convém utilizar. Talvez alguém devesse explicar ao Professor João que se não é suposto existir flexibilidade e capacidade de análise das situações em concreto, então se calhar o melhor era pôr uma máquina a tomar decisões.


Mas como o Professor João gosta de metáforas, eu respondo com outra…ou se quiser, com um final alternativo para a sua.


Imagine o pequeno Joãozinho, com a feridinha no joelho e o ternurento lencinho a cobrir. Imagine a mamã, com o seu amor infinito que lhe provoca guinchos de dor a cada investida. Imagine o papá, forte e decidido que se aproxima a passo firme para lhe por fim à agonia. O papá agarra o lenço com firmeza e diz “cerra os dentes Joãozinho…vai doer mas é para o teu bem”. E o papá dá um forte puxão e arranca-lhe a rótula…o Joãozinho agora está coxo para a vida…e agora? Inacreditável não? Horrível não é? Bem vindo ao meu mundo!


Agora vá Professor João…vá escrever a sequela da sua historieta. Conte daquela vez que encravou uma unha e o seu médico de família (acho que se chamava Gaspar) lhe amputou o pé não fosse a coisa infectar. Você é um fartote de rir Professor João…e ainda por cima pagam-lhe!

sábado, 12 de novembro de 2011

A Democracia Suspensa


Aqui há tempos, quando Manuela Ferreira Leite afirmou, sob capa da ironia, aquilo que toda a gente sabe mas não diz, caiu o Carmo e a trindade. De facto está a anos luz do politicamente correcto dizer que se calhar o melhor era suspender a democracia por 6 meses.


A Manuela sempre foi na minha opinião uma das políticas mais injustiçadas cá do burgo. A turba de comentadores, gentinha que ganha rios de dinheiro para dizer com piada ou diplomacia aquilo que qualquer taxista deita cá para fora numa viagem de meia dúzia de kms, indignou-se e zurziu da pobre senhora, que nem pelo facto de pertencer ao sexo feminino beneficiou de qualquer tipo de cavalheirismo.


Hoje assistimos ao triste espectáculo de um líder da oposição, a quem ainda ninguém  explicou que também foi eleito, e também tem deveres, se abster na votação de um orçamento com o qual não concorda… e isto não é democracia suspensa?


Hoje assistimos ao triste espectáculo de governos democraticamente eleitos (independentemente de serem ou não competentes) serem substituídos por outros cuja legitimidade não é conferida pelo voto…e isto não é democracia suspensa?


Hoje assistimos ao triste espectáculo da banca a querer ditar as condições através da qual terá acesso aos fundos disponibilizados para a sua recapitalização; e este é uma sequela do triste espectáculo que foi ver o 1º ministro de um país soberano só aceitar pedir auxilio financeiro quando a isso foi pressionado pelos banqueiros…e isto não é democracia suspensa?


Pois amigos, a democracia está de facto suspensa e eu preferia que não me enganassem e chamassem os bois pelos nomes.


 Porque a democracia só será efectiva quando me for conferida a possibilidade de votar, ou não, na senhora Merkel.


Porque a democracia só será efectiva quando os actores que nela participam perceberem o verdadeiro conceito da representação popular e não andarem a jogar jogos de poder.


Porque a democracia só será efectiva quando o mundo da finança deixar de ter preponderância sobre o poder político…ou então dão-nos a todos acções dos bancos para que pelo menos possamos transformar as suas assembleias gerais em convívios populares e libertadores de stress como são por exemplo as assembleias do Sporting ou do Benfica, onde pouco se resolve mas sempre podemos chamar uns nomes e “afiambrar uns caldos” a quem anda a brincar connosco.


Enfim…a democracia está de facto suspensa, mas aparentemente desta vez ninguém se importa.

sábado, 22 de outubro de 2011

Senta-te...e escreve duas cartas!

Ainda hoje é uma das cenas da 7ª arte que mais recordo. Foi num dos meus Soderbergh preferidos – Traffic. Um velho e experiente general (desempenhado pelo James Brolin se a memória me não falha), fazia a “passagem de testemunho”, na autoridade que coordenava a luta contra o tráfico de droga a um mais jovem e conservador magistrado (Michael Douglas). O velho general contava a história do antigo líder russo, Kruschev, que quando forçado a sair, se sentou, escreveu duas cartas e entregou-as ao seu sucessor com a seguinte recomendação:
“Quando chegares a uma situação de onde não consigas sair, abre a primeira carta e estarás safo. Quando voltares a encontrar-te neste tipo de situação delicada abre a segunda carta”
E o novel dirigente assim fez. Rapidamente chegado a um beco sem saída, abriu a primeira carta que simplesmente dizia: “Culpa-me de tudo”.
E a solução revelou-se eficaz. Tudo era culpa do passado.
Mas com o passar dos tempos, de novo se chegou a uma situação limite.
Esperançado, o dirigente abriu a segunda carta que dizia: “Senta-te e escreve duas cartas!”
Mais do que o conteúdo das duas cartas, a cena impressiona pela carga metafórica do velho general, vergado pelo saber de experiência feito, consciente das suas próprias (in)capacidades em contraponto ao jovem juiz, crente que a sua motivação, as suas convicções e os seus princípios iriam fazer a diferença.
Desde o 25 de Abril de 1974 que este é um filme que se repete vezes sem conta. E sejamos justos, este filme passa com sucesso em quase todas as salas (países democráticos) do mundo. E repete-se porque no essencial, o público desta película tem-se limitado a dizer que quer uma mudança de actores. O público, de facto, nunca afirmou que queria ver outro filme.

Eis-nos chegados à apresentação do orçamento 2012.
Em primeiro lugar, tal como o proverbial relógio partido que dá horas certas duas vezes ao dia, também Sócrates (embora me custe admitir) tinha razão. O Passos não estava preparado para o cargo.
Embora não goste de rótulos, gosto de pensar em mim como um liberal. Mas um liberal porquanto não tenho preconceitos e limitações a qualquer tipo de ideologia (democrática bem entendido). Acredito firmemente que actuações baseadas em dogmas, e princípios exageradamente rígidos só podem ter um fim – a ruptura.
É com tristeza que vejo o meu país à beira do abismo.
É com tristeza que constato que Passos abriu “a primeira carta” e que está a utilizá-la para justificar a aplicação de uma receita baseada em teses meramente académicas, princípios desajustados e injustos e cujo objectivo é não, tirar a nossa economia do beco em que se encontra, mas tão somente criar para si próprio um currículo que claramente não tem. Ou seja, Passos o “corajoso” que avançou sem medo contra os poderes instalados, e só não conseguiu o seu objectivo por duas razões:
1.      A herança recebida
2.      A conjuntura externa

Só que Passos não afronta rigorosamente nada.
Passos limita-se a aniquilar completamente a classe média deste país.
Passos só tem um argumento – ou isto ou o caos! Pouco inovador Passos…pouco inovador!
Passos recusa-se a renegociar a dívida, não por receio da penalização futura dos mercados, mas porque não quer ficar com o ónus político da “capitulação”.
Alguém deveria lembrar ao senhor que foi eleito para defender os melhores interesses da nação e não os do seu ego carente de reconhecimento.
Alguém deveria lembrar ao senhor que a sua obstinação desmesurada vai liquidar milhares de microempresas, algumas com mais de meio século de existência.
Alguém deveria lembrar ao senhor que os verdadeiros líderes nunca se resignaram aos caminhos impostos…ao invés fizeram o seu próprio caminho.

E a cereja da estupidez, no topo do bolo da desgraça, é o facto de quando mais necessidade temos de um país unido, mais este chefe de coisa nenhuma toma medidas que nos desunem:
  1. Ao eleger os funcionários públicos como destinatários principais da maioria dos sacrifícios o Passos está indirectamente a sectorizar responsabilidades.
  2. Ao condenar o sector da restauração à falência e em cima disto querer promover a fiscalização popular (correm rumores que as facturas da restauração poderão vir a ser abatidas no IRS) destas empresas o Passos está indirectamente a afirmar que os senhores da restauração fogem ao fisco

Esta pobre alma penada quer arranjar bodes expiatórios que não lhe remexam nos esqueletos que tem no armário.
E os custos do apoio ao BPP (sabiam que ainda à gente a receber ordenados neste banco que não é banco)?
E os custos do BPN?
E os custos das PPPs (e não culpem só o Sócrates por estes)?
E os custos das empresas municipais?
E os custos dos desmandos do Jardim?
Foram os funcionários públicos que provocaram isto? Foi o Joaquim da taberna que não pagou IVA da meia dúzia de euros que facturou que levou o país a este ponto?

Passos…eu já disse milhares de vezes…tu não és mais do mesmo…tu és um sonso…e já dizia a minha mãe: os sonsos são sempre os piores!

O meu único, fraco, consolo, é que pelo andar da carruagem estás aqui estás a escrever duas cartas!

sábado, 15 de outubro de 2011

Dois dedos de conversa ao Passos

Temos o que merecemos - é uma evidência desprovida de novidade.
Os ilustres comentadores da nossa praça, essa classe que já detesto mais que a política, não se coíbem de repetir infindáveis vezes que gastamos o que temos, o que não temos e o que hipoteticamente viremos a ter.
Não é por aí digo eu. Temos o que merecemos porque um país que elege, Jardins, Isaltinos, Fátimas, Avelinos e porque não dizê-lo Passos...tem mesmo aquilo que merece.

E ninguém se pode por de fora...NINGUÉM!
Somos um povo que escolheu viver em democracia e ao aceitar as regras do jogo democrático, aceitamos enquanto povo, que a escolha da maioria é a escolha da nação.
Assim sendo também eu tenho o que mereço. E sem remédio, resigno-me, trabalho e pago.
Sou pouco dado a manifestações colectivas de indignação que quanto a mim não são desprovidas de interesse e geralmente acabam onde não devem. Mas também gostaria de dizer três ou quatro coisas ao senhor Passos
Passos:
  1. Podes dizer tudo o que quiseres das tuas opções - que são necessárias, que são verdadeiras, honestas, socialmente solidárias, inevitáveis...enfim todas as enormidades que quiseres...só não digas que são corajosas...isso nunca. Exercer pressão sobre quem não tem força, poder ou alternativa pode ser qualificado com vários adjectivos. Coragem não é seguramente um deles.
  2. Desconheço a fundo as habilitações dos elementos do teu governo. Consta que são academicamente brilhantes e tecnicamente irrepreensíveis...eu aqui do fundo da minha miserável licenciatura digo-te de caras que não vais cumprir o orçamento 2012. Eu que do Samuelson só li o prefácio te digo que a recessão que vais provocar vai ser tão cavada que do lado da receita jamais poderás cumprir...mas político experiente como és certamente já tens uma desculpa à mão.
  3. Contas certamente com os providenciais "brandos costumes" deste povo para passar ao lado das cenas lamentáveis que vemos por outras bandas. Pois...olha eu só te digo uma coisa...se encurralares um animal e não lhe deixares qualquer saída ele fará a única coisa que lhe resta...sair por cima de ti...mesmo que isso lhe custe a vida!
  4. Mário Soares disse há umas semanas que se calhar "tem que haver uma revolução, mas uma revolução a sério". Nunca fui grande fã do senhor nem das suas opiniões, mas atenção não cometas o erro de pensar que foi uma tirada marcada pela proveta idade do ancião...o Mário está mais clarividente do que nunca...e eu já gosto um bocadinho dele.
 E pronto Passos...para já é só. E olha...eu trato toda a gente por tu...não é por falta de respeito, se bem que no teu caso...não te respeito mesmo.
Fica bem!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Rim e a Europa

Você que perdeu 2 minutos do seu valioso tempo para aturar as minhas divagações, imagine o seguinte cenário meramente hipotético. Ao deambular descontraído num momento de lazer é abordado por um transeunte, bem vestido e de boa aparência, que lhe põe a seguinte questão:
- O senhor é saudável?
Estranha a pergunta mas balbucia um – tanto quanto sei sim.
- E os seus rins…funcionam bem?
Num misto de surpresa e algum embaraço verifica se não está a ser filmado para os apanhados e responde a medo – sim.
- Pois…é que os meus não. Padeço de um mal nestes órgãos que temo me leve à morte caso não receba um transplante. O senhor importa-se de me doar um dos seus? Se é saudável viverá certamente com grande qualidade só com um rim e salva-me a vida.

Bom…abandone-mos o cenário hipotético porque certamente já perceberam onde quero chegar. O ser humano nunca dá nada. Na melhor das hipóteses troca. Quanto mais não seja troca pela sensação de bem estar e serenidade que o acto de dar proporciona…mas troca sempre. Está bom de ver que alguém só daria um passo como o que supra referi se em causa estivesse um familiar muito próximo, de tal forma, que ao ser confrontado com a eminência da perda e o sofrimento que tal provocaria, a dádiva não pareceria absurda como seria se de um perfeito estranho se tratasse…ainda que os dois fossem seres humanos com o mesmo direito à vida.
O mais certo seria até que o seu cérebro fosse inundado com justificações automáticas para suportar uma decisão aparentemente óbvia, do género:
  • A família dele que o ajude
  • Deu cabo do rim com a má vida e agora quer que eu lhe resolva o problema
  • Ou … que absurdo…não posso dar rins a toda a gente que necessita

Bom…antes que me comecem a invectivar pela carga de asneiras gostaria de dizer que esta metáfora anatomo-fisiológica pretende ilustrar o que penso sobre a situação actual da Europa.
Achar que a Europa, nos moldes actuais de integração, se vai unir e vai conseguir resolver os problemas dos Estados periféricos em apuros, é tão utópico como achar que alguém só pelo facto de ser Português me vai oferecer um rim se eu precisar dele. Não vai!
E nós vamos andando por aqui entretidos a enviar sacos de lixo à Moodys, quando deveríamos de discutir a solução definitiva do problema. E para mim a solução passa única e exclusivamente pelo federalismo Europeu. Uma união política que se sobreponha à União Monetária. Só como um todo a Europa reagirá à agressão de uma das partes…e nunca como uma soma de partes. Mau grado as bem intencionadas (ou enganadoras) declarações dos nossos lideres.
Claro que para isto acontecer teríamos que mexer na sacrossanta soberania nacional. Conseguem imaginar um líder político que conseguisse apresentar com desassombro ao país, um plano de integração federal? Pois eu também não!
Pobres mas Soberanos dizem…
Pois o que eu digo é simplesmente isto: Prefiro mil vezes transferir alguma soberania de forma negociada, transparente e em prol do bem comum do que, de forma encapotada, ser-me usurpada toda a soberania em benefício de poucos…e isso meus amigos é o que está a acontecer agora.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Reflexão de um pobre diabo sobre economia.

Manifestação prévia de incapacidade e limitação:
Sou um mero licenciado em Ciências Militares Navais, o que sobre o assunto em reflexão não trás qualquer tipo de iluminação. Ainda mais nos tempos que correm em que a proliferação de pós-graduações, MBAs, DBAs, e outros BAs que estejam por nascer me torna num perfeito ignorante. Mas como a Net é democrática e me dá as mesmas possibilidades que ao Stephen Hawking, escrevo o que me apetece, mesmo correndo o risco ser chamado de Burro (coisa que quem me conhece sabe que estou habituado).
Li na impressa diária que no corrente ano as solicitações de apoio de famílias sobre endividadas já excederam as 11000. Impressionante!
Dir-me-ão que a culpa é das ditas famílias que não souberam fazer contas à vida. Certo!
Mas que dizer da atitude completamente irresponsável das instituições financeiras que alimentaram este fartar vilanagem, sem qualquer tipo de cautela ou escrúpulo? No mínimo irresponsável! Digo no mínimo porque para mim há aqui algo mais do que mera irresponsabilidade.
Congelemos esta reflexão e passemos a outro ponto.
O Estado pediu recentemente ajuda financeira ao FMI e ao BCE, ajuda essa que se traduzirá num financiamento de 78 Mil Milhões de euros. Desta verba 12 Mil Milhões estão reservados para suprir eventuais necessidades da Banca. Ora estas necessidades advêm do facto de os bancos estarem com capitais reduzidos, e como para ajudar à festa alguém disse que somos lixo, impossibilitados de se financiar.
Mas agora pergunto eu:
Porque não damos esta verba aos bancos de forma indirecta?
Porque é que não pegamos no dinheirinho e liquidamos os múltiplos empréstimos dos sobre endividados sanando de uma vez as suas responsabilidades com a banca?
Obviamente que isto seria feito só aos sobre endividados, mediante garantia de estes não contraírem novos empréstimos, e com um juro e prazo de pagamento exequível.
Desta forma a banca reduziria fortemente o mal parado e assistiria a uma entrada de capital que lhe permitiria ter liquidez para, por exemplo, apoiar as empresas.
Desta forma as empresas apoiadas criariam mais emprego.
Desta forma os sobre endividados ficariam com um pouco de mais liberdade para de forma ligeira, mas no seu conjunto significativa, estimular o consumo, acelerando a economia.
Desta forma os tribunais que estão absolutamente atafulhados com o contencioso da banca ficariam mais libertos para os processos que verdadeiramente interessam.
E podia continuar por aí fora com uma miríade interminável de vantagens directas e indirectas. Então porque não se considera esta hipótese?
Tenho cá para mim que a banca não está muito interessada nisto. Toda esta teia, tecida a pouco e pouco, tornou a população mundial em meros escravos. Não, não ponho escravos entre aspas, somos literalmente escravos de um sistema do qual não conseguimos fugir. Um sobre endividado é um cliente eterno! Porque haveriam os bancos de prescindir desta prebenda?
Tenho cá para mim que encapotado em reestruturação a banca vai usar o bendito dinheirinho para eternizar o que já não tem fim. E em cima disto mais juros, mais lucros, mais bónus obscenos para administradores incompetentes oriundos dos viveiros dos partidos.
Pela minha parte não entendo.
Acho que a solução que alvitro não é impossível.
Mas eu sou só um pobre diabo.
Espero que um Doutor tropece aqui e me ilumine.


Introdução

Tá tudo nu!
E porquê o nome idiota?
Em primeiro lugar, por uma questão de audiência. Sendo que a larga maioria dos internautas anda na nuvem em busca de pornografia, e a minoria que não anda, de quando em vez dá uma “bicada”, espero que o nome engane o motor de busca e me coloque estrategicamente entre o PornHub e o YouPorn (as coisas que eu sei…) expondo as minhas reflexões a milhões.

Mais a sério.
Porque este é um blog para ler nu (sim não me enganei…agora é a sério).
Calma! Antes de arriscar uma detenção por exposição indecorosa das partes pudendas quero informar que o estado desnudado se refere não à roupa (embora o estar fisicamente nu possa ajudar), mas sim a todas as “vestes” que condicionam uma análise pura do texto.
Tenho cá para mim que para reflectir sobre algo devemos estar despidos de preconceitos, ideologias, referências familiares e toda a parafernália de “roupa” com que vestimos a nossa imagem exterior.
Aqui não há nada disso.
Dispam-se leiam, comentem…ou não, insultem-me até se quiserem…estou por tudo!